Coluna de Raissa Gomes: O POP é mais ROCK do que você pensa


E não é só porque Britney Spears disse que ama rock ‘n’ roll ou pelos convidados especiais no álbum do Slash. O que acontece hoje é aquilo que acontece de tempos em tempos no meio pop: o rock. 
Não sou nenhuma expert na história do show biz, mas desde que me entendo por gente vejo momentos em que diversos astros do pop apresentam uma vibe roqueira (ver Michael Jackson), mas porquê? Talvez a necessidade de inovar ou se renovar seja a resposta, já que algum dia, aparecer com uma roupa nova não causará mais impacto. Mas e quando você descobre que a Rainha do Pop começou numa banda de rock? E quando a Rainha do Pop II também teve suas raízes no rock ‘n’ roll, e com provas? É, parece que muita gente ainda não sabe disso, e uma grande parte dessas pessoas simplesmente não aceita a mistura dos gêneros, indo do “não gosto” ao “ódio mortal”. Os argumentos são muitos, mas o campeão é mesmo o tal de “POP é som de gente vendida”. Ouvindo (ou lendo) assim, parece até que nenhuma banda de rock precisa de dinheiro, nenhuma delas precisa de publicidade, nenhuma delas precisa vender. Nem é preciso dizer que isso não é verdade (se não precisasse, não teríamos ataques de raiva de vocalistas de metal enfurecido pelo desinteresse nacional, nem um festival desesperado como o MOA). A música pop não é som de gente vendida, é som para vender, e é apresentado exatamente dessa forma pela mídia. Muitas vezes nos deixamos levar pela forma como ele é visualizado, e esquecemos de ouvi-lo, e quando o fazemos, percebemos que nem tudo é decepção, e que algumas vezes encontramos verdadeiros artistas. Por fim, vale relembrar que estereótipo nenhum faz uma música ser boa.

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