Na Mira do Lippy: WARCURSED e as guitarras arrasadoras da Paraíba

ATENÇÃO: O texto a seguir reflete a opinião do Colunista e não da equipe do Falando de Rock.

A Paraíba possui alguns desastres bem desagradáveis em seu histórico musical, mais precisamente no cenário do rock local. Orquídeas Francesas banda de gothic-rock formada em 2005 é um grande exemplo da porcaria que se pode fazer com um microfone na mão, Feto Suicida banda formada em 2002fez jus a seu nome, ouvir esse grupo na época era com toda certeza um suicídio, Focinho de Porco, Cirurgia Anal e Das bandas da Paraíba completam esse time de quinta categoria.

Mas nem só de desastre vive o rock Paraibano, Warcursed banda de death/thrash metal veio para provar que o rock é vivo, forte indispensável não só na Paraíba, mas no País inteiro. Formada em 2004primeiramente como cover do Megadeth, abanda até então com o nome de Post Mortem se tornou autoral e passou por incontáveis e irritantes mudanças de integrantes que não tenho saco para explicar aqui. Em 2010 já na pré-produção do álbum de inéditas “Escape From Nightmare” a banda agora composta por Jean Philippe (Vocais e Baixo), Richard Senko (Guitarra), Eduardo Victor (Guitarra) e Marsell Senko (bateria), muda (acertadamente) o nome de Post Mortem para Warcursed.

Devo confessar que “Escape From Nightmare” foi uma grata surpresa. A produção de Victor Hugo Targino e Andrei Targino é impecável, a arte da capa é simplesmente brilhante e transmite em apenas uma imagem toda a proposta da banda. O vocal personalíssimo de Jean Philippe é marca registrada do álbum, mas o show de verdade fica por conta da força das guitarras, Richard e Eduardo são com toda certeza as estrelas deste lançamento, os riffs e solos de grande qualidade somada à agressividade da bateria super competente de Marsell dão ao disco o peso e a força propostos inicialmente.

Apesar de ser um dos álbuns mais bem feitos dos últimos anos no estilo, Escape From Nightmare possui um erro que apesar de pequeno deve ser corrigido para que no futuro não afete o bom trabalho da banda. A música de abertura “Deadline” possui um riff inicial incrível e uma boa letra, mas fica visível na passagem da primeira parte para a segunda parte da música um erro básico de continuidade do vocalista, onde a banda teve que rebolar para o erro não ser bem maior. Na boa música “Iron Bird” o erro se repete logo no primeiro verso e depois no último verso da canção, o desencontro entre o vocalista e a banda é visível algo concertado pela competência dos guitarristas. Spectral Whisper é a música de encerramento do álbum e a pior apresentação do vocalista Jean, enquanto abanda estava nas montanhas da Argentina, nosso querido vocalista visitava amuralha da China sem nenhuma noção do tempo da música, desencontro total, muito bem maquiado (é claro), pela competência do baterista que brilhou nesta canção, e das grandes estrelas desse grupo (como já disse), os guitarristas Richard Eduardo.

Warcursed é uma banda relativamente nova com uma qualidade muito boa, que aposta com competência na velha fórmula do Death Metal(Peso e Agressividade), seu primeiro trabalho foi realmente uma grata surpresa, poucos erros (facilmente corrigíveis) e um show de guitarras. O quarteto merece com toda certeza conquistar (como já está fazendo) os palcos nacionais.

CONVERSATION

1 comentários:

  1. Pois é, o colunista deve ser um grande conhecedor da música mundial ou até mesmo um grande produtor musical de renome, conhecendo as nuances e detalhes de cada estilo e subgênero musical, por isso na visão onipotente dele, profere com pitadas de ódio palavras de degradação sobre algumas bandas que fazem parte do cenário underground de Campina Grande, mas sequer sabe distinguir um estilo musical de outro. Eu sou o vocalista da banda Orquídeas Francesas, nós fazemos um som na linha Gothic Rock e já excursionamos pelas principais capitais do Nordeste, já saímos em uma coluna da revista Rockhard Valhalla sendo elogiados pelo nosso trabalho. Portanto, antes de falar qualquer merda a respeito do que quer que seja, devemos saber que a definição de "cultura" não é apenas aquilo que a gente gosta, ou seja, todos tem o direito de gostar do que quiserem, contanto que não denigram a imagem ou tentem rebaixar o trabalho do outro, apenas por uma questão de ordem e respeito, coisa que só os verdadeiramente fortes entendem e retribuem. Enquanto houver pessoas que nem o editor, que por conta de um preconceito fútil, o Rock n´Roll vai definhar cada vez mais. Críticas devem sim serem feitas, mas com o intuito de melhorar ou incentivar o trabalho alheio, a menos que por algum motivo vossa excelência queira que exista no mundo apenas o que você gosta, tirando assim a chance de terceiros. É por conta de atitudes que nem essa que a coisa não vai pra frente. Infelizmente ainda existem muitos babacas iguais a você, que usam uma viseira para o mundo. O engraçado é que dentro do Rock n´Roll existe a concepção de um mundo democrático e libertário, transfigurado na imagem de atitude, mas de atitudes iguais a essa o inferno está cheio. Enquanto isso, no mundinho underground infame, o inferno são os outros. Desejo que vossa senhoria cresça não só mentalmente como também espiritualmente (se é que acredita nisso, se é que tem espírito) enfim, a cultura do ódio já estava instaurada no mundo desde eras remotas... creio que esta é minha defesa ao mundo. Meu direito de resposta, pois não vivo denegrindo a imagem de ninguém, pelo contrário. Apoio e muito as bandas autorais de minha cidade.

    ResponderExcluir