Esta matéria foi publicada por mim originalmente no site Rock News onde também sou colunista. O texto reflete minha opinião e não da Rock News e do Falando de Rock.
Há algum tempo, uma declaração (ou melhor, babaquice) de Edu Falaschi, vocalista do Angra e do Almah, tem sido tema de discussões e debates na mídia do rock nacional, tomados por uma inexplicável onda de um patriotismo hipócrita os músicos do Metal Nacional deram aquela que foi a maior saraivada de tiros no próprio pé.
É inegável a admiração que tenho por pessoas capazes de dizer o que sentem com sinceridade, sem medo das conseqüências e principalmente sem esse irritante bundamolismo hipócrita da sociedade, pois é por esse caminho que me guio, mas também é certo que ter esse tipo de postura requer certo requinte e bons argumentos para dar base as suas opiniões, o problema é que tudo isso passou longe do discurso de Edu Falaschi.
O vocalista se expôs e expôs seus companheiros ao ridículo. Nenhum artista seja músico ou não, chamaria em sã consciência o seu próprio público de “Chupa-rola-de-Gringo”, esquecendo da premissa que é a qualidade da banda que reflete na presença do público, além do que, um vocalista de uma banda brasileira que canta em inglês e segue uma linha de Power Metal melódico tradicional de inúmeras outras bandas internacionais, falar uma coisa dessas é hipocrisia pura!
O que também não passou pela cabeça de Edu Falaschi e do ridículo vocalista do Shaman Tiago Bianchi que também apoiou esse movimento, é que o metal brasileiro em sua maioria vive sob a sombra do que um dia já foi. E que acima de tudo o público gosta de ouvir cantores que cantam afinadamente, e não aqueles que parecem Gralhas com cólica em cima do palco como o próprio Edu em sua última apresentação com o Angra no Rock in Rio, o público vai aos shows para se divertir e ouvir canções, não para ser xingado e ouvir reclamações de vocalistas que não conseguem nem atingir uma nota mais aguda.
O povo brasileiro seja fã de rock ou não, que trabalha duro tem o direito de escolher onde vai gastar seu suado dinheirinho, não precisa ser prisioneiro da opinião de músicos ridículos que acham que o verdadeiro fã é aquele que gasta uma fortuna com as tralhas exageradamente caras que bandas como Sepultura (que hoje mais parece um rapper com um guitarra), Angra (que vive sob a sombra das boas músicas do passado) e a ridícula Shamam produzem.
O que grande parte (sem generalizar), dos músicos de rock do Brasil – mas especialmente do heavy metal – precisam acabar, é com essa síndrome do “Cão Abandonado”, acabar com essa mania de viver reclamando e exigindo privilégios que estão longe de merecer, parar de colocar a culpa nos outros pela sua baixa qualidade e concentrar suas forças no trabalho para que no futuro nos apresente algo que valha a pena ouvir.
Musico, escritor, instrumentista de baixo e gaita e professor de canto, Bruno Lippy produz e apresenta os Programas "Galeria do Rock" e "Rock Vinil" aqui no Canal Falando de Rock. Crítico e Colunista musical, também escreve para o site Rock News onde além de uma Coluna semanal também redige a temida Crítica de Álbuns. Seu e-mail para contato é: bruno.lippy@hotmail.com
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