Literatura Metal: Samuel Taylor Coleridge

"Samuel Taylor Coleridge (Ottery St. Mary, 21 de Outubro de 1772 - 25 de Julho de 1834), comumente designado por S. T. Coleridge, foi um poeta, crítico e ensaista inglês, considerado, ao lado de seu colega William Wordsworth, um dos fundadores do Romantismo na Inglaterra."
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 Existem muitas personalidades místicas que envolvem o Heavy Metal e muitas dessas viveram há séculos atrás e alimentaram a literatura, que serviu de base para muitas e muitas letras fantásticas de grandes músicas desta gênero. Coleridge é um destes, e dois dos seus principais poemas foram a base de dois clássicos, as épicas Xanadu(Rush) The Rime of Ancient Mariner(Iron Maiden) 


Xanadu

     No que se refere à música, esta é de longe uma das mais inspiradas e marcantes do Rush, com cerca de 11 minutos de duração. Uma obra prima que mescla elementos de música renascentista e medieval, com cada um dos membros executando várias funções, em vários instrumentos e com um uso perfeito dos sintetizadores. Uma boa música para se conhecer o potencial musical do Rush.
    Quanto à letra, trata-se de mais um obra do baterista mais intelectual do gênero Rock, Neil Peart, que usou como base o poema Kubla Khan  de Coleridge. O poema tem uma origem bem curiosa, Coleridge lia a respeito sobre Kubla Khan, imperador mongol,e Xanadu, sua capital de verão; na obra  O Livro das Maravilhas de Marco Polo. Ao dormir, sob efeito de ópio(substância entorpecente extraído da flor de papoula), ele teve um sonho onde vislumbrou a cidade de Xanadu, onde tudo era leite e mel. O poema usa sensualismo e aborda sobre os prazeres da vida pagã. 
     No poema, diz que para se chegar a Xanadu, deve-se primeiro encontrar o Rio Alph e passar pelas cavernas de gelo e chegar ao mar que não tem sol. A recompensa ao desafio seria a quebra do Jejum com orvalho doce, beber do leite do paraíso, provar da fruta dos prazeres e chegar à Câmera dos prazeres. O poema também faz uma metáfora sobre a imortalidade, cedida aqueles que alcançassem Xanadu, porém dificilmente retornariam devido a alcançar tal utopia.

The Rime of Ancient Mariner

     Épica. Esta palavra encontra uma de suas melhores aplicações como adjetivo para esta música e o poema homônimo. Oriunda do clássico Powerslave, a música é mais uma obra prima de Steve Harris e encerra o disco  com maestria e fica lado a lado de clássicos como Hallowed By Thy Name e Alexander The Great. A letra e música se encaixaram muito bem e fazem uma boa interpretação sobre a obra de Coleridge.
       O poema fala da sina de um velho marinheiro que certo dia para um jovem nobre a caminho de um casamento e começa a lhe contar sua História. O Poema se divide em 7 partes.

Parte I
     O marinheiro pára o convidado do casamento e este ao recusar ao seu apelo é hipnotizado pelo marinheiro, quando começa a lhe relatar sua história. Em uma de suas viagens eles navegavam tranquilamente, quando de repente foram levados ao pólo sul, devido a uma tempestade. Ao chegarem na antártica são guiados por uma albatroz(ave nativa da Antártica) que os guiam para fora do Pólo Sul e passa a ser um símbolo de sorte aos marinheiros no seu retorno ao norte. Após isto o marinheiro, o mesmo que narra a história matou o albatroz, onde culmina o início de suas desaventuras.

Parte II
       Neste trecho a tripulação segue sua viagem e culpam o marinheiro por matar o pássaro, até quando avistam o sol e o perdoam por ora. Até quando ficam parados, devido a falta de ventos para velejar o navio, um sinal da vingança dos espíritos da natureza como vingança pela morte do albatroz, logo ficam sem alimentos e sem água. A tripulação faz com que o marinheiro use o albatroz pendurado em seu pescoço como sinal de sua culpa. O trecho abaixo desta parte é encontrado na letra.


Parte III
          Aqui começa o infortúnio do marinheiro. Por dias à deriva, sedentos e famintos, eles avistam uma embarcação.A medida que se aproximam, percebem que se trata de uma embarcação fantasma com apenas dois tripulantes, a morte e sua esposa, a Vida na Morte. Os dois fazem um jogo  de apostas com dados, a morte ganha na aposta a vida da tripulação, matando-os todo instantaneamente, enquanto o marinheiro via a alma de seus companheiros passar a seu lado; e a Vida na Morte ganha a vida do marinheiro.

Parte IV
        Após ver seus companheiros mortos, o marinheiro passa a se arrepender constantemente por suas atitudes. Amaldiçoado pelo olhar de seus companheiros mortos, ele passou por sete dias e sete noites e sem poder morrer, quando ao começar a rezar, o albatroz caiu do seu pescoço.

Parte V
      O marinheiro então consegue dormir após todos estes dias e ao acordar percebe que o navio está velejando novamente, graças aos corpos da tripulação reanimados pelo espírito do pólo sul. Este o leva até outros espíritos para julgar o s castigo ao marinheiro.

Parte VI
      Os espíritos fazem seu julgamento a respeito do marinheiro enquanto este dorme, e o levam de volta casa enquanto isso numa velocidade em que um humano não conseguiria alcançar. Mas quando ele acorda, o navio cessa a velocidade e o marinheiro se enche de alegria quando percebe estar de volta à sua casa.

Parte VII
      Pouco antes de chegar a costa, o navio é afundado mas o marinheiro é resgatado por um eremita e seu filho. O marinheiro enfim entende seu castigo. Contar sua história para passar a lição que aprendeu, a nunca desrespeitar as criaturas de deus.
       
Leia mais:
O poema "Kubla Khan"
http://rodrigobrasil.blogspot.com/2011/02/xanadu-samuel-taylor-coleridge-kubla.html


O poema "The Rime of Ancient Mariner"
http://pt.scribd.com/doc/7228839/Poema-Rime-of-Ancient-Mariner-Traduzido















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